domingo, 26 de dezembro de 2010

Contraditória Cidade

Vai o som novo do dia que nasce.

Traz o que ontem foi felicidade num lampejo de esquina clara que não dorme ainda.
Dança de qualquer jeito a fome grande dos pobres, senhora que é vida antiga,sofrendo no pé cansado.

Ri...

... sustenta o perdão nesse corpo embriagado de rua.

Pede o riso do café no campo com seu sopro quente de útero.
Com sua vida simples pela frente.

Som novo do dia que nasce
Vai...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Maravilhosa cidade

O áspero das coisas esbarrando pelos dedos e por todo o corpo
pelas ruas e por toda a alma.

A vida embriagada na avenida com ardor no peito e nas costas
e odor de carne e hálito.

O prazer dos pobres temperado com batida de limão
e vigor de sexo dos morros.

Despudor que enlaça disritmia num saldo em sangue
de um partido alto sem glória.