domingo, 31 de maio de 2009

Negros cantos

...ou poesia para afastar intelectuais.

Dedos fora de foco percorrem a angustia.
Síndromes dispersas em palavras que se confundem,
negros cantos, livres de totalitária vanguarda.

Vanguarda de seios cultos e gemidos frios.
Sexo algum há de lhe render tremidas de perna,
como uma masturbação que não goza.

Teoria sem prática.
Dialética de lenha verde,
fagulhas explosivas que não acendem fogueira alguma.

Federaliza tua filosofia!!

Não havemos de desejá-la.
Não pertence às nossas angustias,
nossas síndromes dispersas em nosso gozo.

Dedos fora de foco percorrem palavras que se confundem.
Nosso sexo nada culto treme um gemido gutural,
negros cantos, livre de sua miserável vanguarda.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vestes apodrecem ao sol

...ou poesia para odiar modistas.

Repetem ruídos e teimam em refletir uma ignorância cristã.
Ao meio do dia, envoltos pelo suor dos que lutam, suas vestes apodrecem ao sol.

Seguem frouxos.

Relincham e cospem o lixo de suas bocas regurgitado pelo desprezo às classes.
Cátedras cercadas por vaidade, moral sem nenhuma genealogia.

Sustentam o comum.

Ao preço que satisfaça, a razão põe-se à venda.
Gira num swing que caiba nesta estética.

Salpicadas pelo suor dos que lutam...

...vestes apodrecem ao sol.

sábado, 23 de maio de 2009

Entre frondosas copas de consciência

Há um vale.
Frio e insensato por entre frondosas copas de consciência .

Não se alcança com sobriedade.

Esconde-se em meio a histeria de jovens cores,
pálido apesar de úmido.

Busca coisa alguma o andarilho que cruza suas beiras.
Aventura-se.

Goza que há um vale.
Sombrio e negro por entre frondosas copas de consciência.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ruas de Tutameia e sua serrapilheira

Enquanto afasta os restos secos e procura profundidade
Educa-se para entender que a superfície não umedece.