quarta-feira, 29 de abril de 2009

Além das palmas a voz do bardo ecoa.

Palmas e cantos rodeiam a fogueira.
O olho do bardo reflete vermelho alaranjado
Quatro movimentos de mão, duas estacas, quatro direções.
Alegria, lágrimas, palmas e cantos.
O bardo reflete.
Flerta sua filosofia certa de amanhecer quieta.

Há um orador.
Senhor de seu rebanho, legislador do momento em que a lenha é colhida.
Dita cânticos,palmas e fogo enquanto cantam, aplaudem e incendeiam.
Nobre Senhor.
Come sem semear.
Cobra a importância de seu bel prazer.

Legiões.
Dia após dia sangram mãos, esvaziam cofres, riem, choram e enriquecem.
Empobrecem enriquecendo santificadas blasfêmias.
Sementes ao solo para alimentar o famigerado legislador,
pois a lei foi criada e isso dá fome!!
O bardo e sua carne, um vermelho alaranjado queima o pecador.

E muito além das palmas, onde árvores resistem em pé,
a voz do bardo ecoa sem tremular louvor a nenhum nobre senhor, legislador de estúpidas ovelhas.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Aos que lutam!!

Pois são como pássaros que repousam no arame farpado.
Liberdade sobre pés cautelosos,
cercas e asas.

Não se pisa em qualquer lugar nesta floresta pois algumas sementes germinam sob sombras.
Velhos corpos que escondem o sol, iluminando o que há por vir
Passado e presente, numa eterna sucessão.

Não se encerra, não se interrompe, pois quando morrem
são como folhas secas ao solo.
Morte e vida sem linhas definidas.
Umidade e pó.