segunda-feira, 12 de maio de 2008

Primeiro verso

O que seria do primeiro verso se não fosse a agonia de querer dizer e não saber como... O primeiro passo sempre foi o mais longo, ofuscando o tamanho do muro e apontando para sua cabeça a mais mortal das armas. A arma dos que se fazem inocentes só para ver seu lápis de lado no primeiro verso. Ver você se afogar na primeira onda, para que sua voz não incomode mais e sua força se torne medo.
Estar disposto a estufar o peito, entregando sua vida para escrever o poema que seu espírito tanto insiste em mostrar ao mundo é a mais bonita das rimas.
Talvez seja como andar na beira do mar e ver revelar-se silenciosamente uma pequenina concha após a fúria cortante de uma onda...

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