sexta-feira, 20 de março de 2009

O estrangeiro

O corpo imóvel.
Inflexível diante das leis,
torna-se não mais visível.

Excluído de forma bruta, margeia qualquer mente corroída.
Sofre
mas aprende a fazer uso.

Cresce e muda tudo
Invisível e imóvel para toda mente corroída,
rói e desconstrói.

Grita tanto...
geme tanto...
aponta o dedo tão na cara...

Amedronta.

Nunca manteve-se quieto,
mas recebe agora olhares destas mentes focadas na dor.
O que antes invisível era diante das leis, torna-se crível.

Amedronta.

Abala que fere tanto...

A bala que fere tanto...

Deixa seu corpo imóvel.

2 comentários:

Gabriela Domiciano disse...

triste ser estrangeiro dessa forma!

=/

tutaméia disse...

A fantasia de se ver livre
Dia-a-dia se entorpece na real existência.

Um sistema de opções, opções, opções....
E a escolha?
Restringido à um único Universo. NADA PARALELO!!!

Marcados, os mercados deTERMINAM a hora da sua morte!
Lhe oferecem o que consumir...
Em inúmeras opções.... cor-de-rosa,de-laranja, de verde limão...
Diversos padrões a escolher...
Sintaxe a vontade...
Qual o gosto da tua individualidade?
- Que não seja só sua... esta está em falta no mercado!!!!
De individualista, aqui, só o discurso....
Personalizado... só pra você!
Que é diferente!!
O melhor!
O mais bonito!
O mais inteligente!!

Suba aqui e junte-se ao teu grupo preferido!
Escolha um rótulo....
Um símbolo...
Passe na esteira e SEJA DIFERENTE!!!
Assim como nós!

Aqui, você é o produto livre pra sair no mercado!!!