...e ao Paulo que realmente saiu bem cedo.
Aquele trago enevoou sonhos de uma só vez.
Foi embora numa fogueira de imagens e não se encontrou mais nada que se via nas noites de calor, restando do fogo só o frio, a ausência das coisas.
E o fogo tem disso.
Consome cuspindo cinzas, borrando a terra que também consome, se alimentando do que foi brasa, do corpo que dançou vermelho ao vento e que um dia tem câimbra.
E a terra também tem disso.
Bem quando acaba a madrugada dá cama pro que foi lenha enchendo a barriga pra mais tarde parir outra moça que sonha e que gira e que engole pela primeira vez a noite úmida que geme.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
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