terça-feira, 20 de setembro de 2011

Iansã

Oyá,

descobre do teu jeito que sempre o sol se põe diferente.

Hoje tudo é descoberta, tudo é ar e movimento nesses teus cabelos de terra molhada.

Um dia,
lá longe quando o raio não caía,
o rosto que não via outro rosto que lhe mirasse
esperava sem querer a vida parar de lhe tirar os seus.

Hoje a espera já se foi...

... a força já é tua, mas é desejo teimoso e pede que isso você não esqueça.

Diz com cheiro suave de mata que trovoada demais afasta.
Implora que teu vento seja a fertilidade que vem
trazendo um calmo sono após gozar na tempestade.

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