sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O colapso de sua falsa educação

Poesia e prosa para derrubar escolas


“La tierra, por la magnificencia de sus horizontes, las frescuras de sus bosques y la pureza de sus
fuentes, ha sido y continúa siendo la gran educadora y no ha cesado de llamar á las naciones á la armonía y á la conquista de la libertad.”
Elisée Reclus, geógrafo anarquista



O cheiro...
Filhos de toda uma floresta, arrancados de seus hábitos.
O desjejum, antes forte, colhido com a serenidade da manhã por pais, mães e irmãos, ao cultivo do solo e sob a graça das árvores, perde seu cheiro de brisa fresca.
Doces ervas pisoteadas,exalam um odor desapercebido, num desaprender de dar inveja a mentes cruéis.
Vozes, memórias e saberes enterrados sob a negra capa de dureza moderna.
O filho conta agora com um desconhecido para oferecer-lhe as manhãs.
Pais, mães e irmãos nada mais cultivam, apressados que estão.
O desconhecido lhe fala sobre um outro chão...
Um chão que não se lava.
Sua floresta vai sendo morta por falta de olfato aos cheiros que exala.
Famílias inteiras que não conversam.
Vozes, memórias e saberes enterrados sob a negra capa de dureza moderna.

8 comentários:

Anônimo disse...

Meu Deus! Você é um gênio. Amo essa forma que você se expressa!
Você disse que se baseia em um livro? Que livro é esse?

Bobagem com Mouse disse...

Pois é concordo com que foi dito.A forma que se expressa é ótima!!!Quem me dera ter esse dom rsrs
Parabens!!!

Estou convidando pra uma visita:
http://oitentado.blogspot.com/

abraço!!!

Miriã Soares disse...

Kafka?
Voei nessa poesia... consegue transmitir imagens e peso.

Mateus Vero disse...

Após uma noite de sonhos intranqüilos, Gregor Samsa acordou metamorfoseado em um grotesco inseto.

Não é mais ou menos assim?

Gabriela Domiciano disse...

pois éee!!!
o q não nos fizeram nesses anos de escola!!!
=(

bjus

tutaméia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
tutaméia disse...

Hay que mojar las semillas así que ella deita en la tierra...

Todos los hijos hay que saber de eso, pero son millones,
nascidos de tantas bocas mudas, hijos de tantos padres ciegos,
que ni adentro de las florestas,
ellos aprenden a sentir los más magníficos habitos
que las frescuras de sus bosques tratam de traer...

tratemos, nosotros, de nunca desarmonizar la naturaleza...
para podermos sentir da libertad que el odor del cultivo trae en nuestros corazones.

llevemos para los chicos urbanos, la importancia de conocer el solo que pisamos,
el rio que nos bañamos, los vecinos que viven en nuestros lados...
Levemos ellos a los campos, para mostrarlos como lá tierra roja embebece el água
distintamente como aprenden en las classes sobre rios lejos que secan
por la devastacion de esta eterna ambicion animalesca...

Mostremos a los chicos rurales como lás árboles que ellos plantam, tratam de tornar la brincadera
en los rios, más hermosa...

tratemos nosostros, de unir el mundo...
transformando toda la tierra un cultivo por igual..

adonde los animales, no tengam que sofrer...
y los animales humanos...tratem de viver...

tutaméia disse...

Hoje, fui rastejando minhas solas até o alto da montanha.
Desviei poças de suor e mijo esparramadas pelo chão.
Não pude nem olhar o sol, porque a ardência penetrava minha impaciência.
E sorrindo por fora, desgostava o que os olhos abertos sentiam.
Por instantes, me senti capacitada de entender todas os movimentos ao redor de mim.
Aflitamente liguei as vidas ao meu redor como um jogo de pontos, onde os traços facilmente se juntam, formando uma imagem certa.
Sem nuvens, a chuva não me traria refresco como em dias atrás.
Sentia a garganta seca arranhando meu pensamento.
Fui procurando traços, relacionando os fatos. Sentia o lixo esmagado no meu sapato.
Reparei em alguns pés, desviei os olhares de súplica nos becos e fui me sentindo mal por tropeçar em tantos vivos.
Olhei pra dentro, e me despi daquele vício.
Não queria pensar em nada, sentia meu corpo uma migalha em que os pombos rapidamente devorariam.
Peguei um ou outro olhar seco derretendo meu corpo.
E meu raciocínio parou.
O calor derreteu meu caminho, derreteu minha boca, fez dos meus olhos um feixe de luz que penetrou nas pulgas daquele cão faminto que me seguia a horas.
O cão comia as migalhas que caiam de mim... Meus cabelos se desfazendo...minha memória se apagando...meus desejos irrealizáveis naquele momento.
E aí vi que todo mundo dobra todo meio dia na mesma esquina.
Mas hoje eu me perdi...
Reparei tanto nas pedras do chão...
Que passei pra lá do meio dia em vão...