terça-feira, 4 de agosto de 2009

Entre grutas e trilhas desfilam as eras.

Desfrutava do costume de ir às grutas. Rochas e fontes entrelaçando sutilezas com seres e ervas desafiam o hálito e a carne, vulgares ao sabor das eras. Cansada ao descer a trilha, ainda ao ar livre, adormece sobre o colchão da mata e sob o teto de estrelas, comungando o que foi e o que é, neste viver efêmero. O deleite da imaginação não procura um fim. Flui e escorre incertezas do mundo pois tolo seria sonhar apenas ao dormir, caminhando apenas para chegar. Não retorna. Retornar é como um suspiro após a morte. Segue seus passos como quem nunca houvesse repousado. Como quem não tivesse ido a lugar algum.

Um comentário:

tutaméia disse...

"...remando leito abaixo
foi se desmanchando
virando peixe
virando concha
a se misturar à prateada areia
com a lua cheia
na imensidão do mar. "