terça-feira, 1 de abril de 2008

Reclus e a montanha

Homenagem à vida de Elisee Reclus, por sua enorme contribuição ao Anarquismo e à Geografia.
Diversas são as cores que a contemplação nos imprime. O ar fresco e as manhãs da montanha trazem paz à rocha, ao inseto e à erva. Ao homem, que encara os vales e desafia as íngremes escaladas, resta retribuir a impressão de leveza causada pela estada no cume, demonstrando gratidão ao dispor sua vida a munir diversos olhares com os mesmos olhos atentos repletos de liberdade.
Poucos minutos em comunhão com o suave movimento do riacho guiam o espírito mais insensível à consciência de si próprio.Esta cena, de beleza indescritível, traz implicações capazes de embriagar para sempre a alma de qualquer ser, inflando-as de desejos repletos das mais suaves melodias. A contemplação do que é naturalmente belo deverá enobrecer a alma daquele que luta até o fim para que os todos corpos gozem de uma terra sem pátria, sem deus e sem patrão, cultivada com o suor e o amor de quem é, e nunca deixará de ser, natureza.

Um comentário:

tutaméia disse...

o não-comentar vem da falta que as palavras tem em não me dar todos os sentidos que quero dar a elas