Dedicado à imprensa operária livre
Ao final da tarde outra ferramenta será polida, e desta vez nenhum pingo de suor será derramado em vão. Há de se tomar cuidado para que não a trate como uma doce esposa a quem se dedica a vida com amor exclusivo, pois toda ferramenta tem seu fim e quando polida demais o fetiche obscurece a razão.
Nossas vozes nunca serão silenciadas e as utopias não mais haverão de se apagar. É preciso que todos saibam da cor vermelha que tinge nossas mãos por meio de nossas próprias gargantas e de ninguém mais, pois é nosso sangue que toca o solo. Palavras são ferramentas que imprimem vida e luz no papel para que todos sejam senhores da sua própria conquista ao pão, com justiça, alegria e trabalho, destroçando as algemas que em nossos pés teimam em querer nos atrasar. A beleza das palavras está em dizer ao mundo que a liberdade vem da luta.
Entenda que os fortes não se calam jamais, e fortes sempre seremos até que reste o ultimo suspiro de nossas almas, pois desejamos estar livres a todo nascer do sol. Acredite por favor, que enquanto houver acorrentados à sua volta, haverá necessidade de contar sobre a vida da plebe na voz do próprio trabalhador, pois este nunca quis ter sua expressão traçada pelos mesmos canalhas que enfiam a faca em suas costas e depois choram em seu velório.
domingo, 13 de abril de 2008
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